Festival Afro-Brasileiro exalta cultura negra e reforça iniciativas da Prefeitura em prol da igualdade racial

Em alusão ao Dia da Consciência Negra (20 de novembro), a Prefeitura de Maringá realizou no fim de semana o Festival Afro-Brasileiro. Foram três dias de celebração e exaltação da cultura negra, com homenagens, música, atrações culturais e fomento ao empreendedorismo negro. A ação, organizada pelas secretarias de Juventude, Cidadania e Migrantes e Cultura, reuniu cerca de 5 mil pessoas e reforça as políticas públicas instituídas pela gestão municipal para a promoção da igualdade. A reportagem é da Prefeitura de Maringá.

O evento deste ano teve como tema: Do ancestral ao contemporâneo: “Nossos passos vêm de longe”, inspirado na frase clássica de Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia Internacional no Brasil. Durante a abertura do Festival Afro-Brasileiro na sexta-feira, 17, foi entregue o Troféu Olhar Consciência Negra para a produtora cultural, batuqueira e idealizadora do Baque Mulher, Maracatu Roda do Encanto e do grupo Pé de Laranjeira, Laís Fialho. A iniciativa homenageia e destaca personalidades que atuam em prol da igualdade racial e da cultura afro-brasileira.

É muito importante termos espaços de reconhecimento dessas potências das narrativas afro-ancestrais e que resistem em nosso contexto. O prêmio traz visibilidade às formas de fazer, de pensar, de resistência e aquilombamento na nossa cidade. O prêmio congrega todas essas diferentes formas de resistir e se reconhecer a partir destes espaços”, afirmou a homenageada com o Troféu Olhar Consciência Negra, Laís Fialho. 

O secretário de Cultura, Victor Simião, destaca que o Festival Afro-Brasileiro foi ampliado e fortalecido pela gestão municipal. Ele afirma que a ação faz parte de uma série de outras iniciativas do município que reforçam a luta em prol da igualdade racial. “Foi um fim de semana para celebrarmos e ocuparmos espaços públicos por meio da valorização da cultura negra”, diz.   

Políticas públicas - Um dos principais avanços da gestão municipal em prol da igualdade racial foi a criação, em 2021, da lei municipal que reserva 15% das vagas de concursos públicos municipais para a população negra. Além disso, o município garantiu a criação de cotas para produções negras em editais como da ′Semana da Cultura′, ′Mês da Música′ e ′Semana do Hip Hop′.

A Prefeitura também ampliou a representatividade com artistas negros em grandes eventos, como na Festa Literária Internacional (Flim). Nas bibliotecas municipais, o acervo de obras da literatura negra foi ampliado com 183 novos exemplares de livros. Desse total de novos títulos, aproximadamente 30 são de mulheres negras brasileiras. 

O projeto ′Fala Quilombo′, desenvolvido pela Secretaria de Juventude, Cidadania e Migrantes, que tem como objetivo oferecer atendimento psicológico para a população negra, já atendeu mais de 50 pessoas desde o início do ano. Os psicólogos parceiros são negros e atuam como voluntários. Os atendimentos são voltados, preferencialmente, para pessoas em situação de vulnerabilidade social ou que não possuam condições financeiras para arcar com as despesas da psicoterapia em clínica privada. Para se inscrever é necessário ter 18 anos ou mais e preencher formulário online (clique aqui para acessar).